quarta-feira, 17 de agosto de 2011

MULHERES E O MERCADO DE TRABALHO

Gary Becker, prêmio Nobel de Economia em 1992, em recente entrevista concedida a Malu Gaspar, repórter da Revista Veja (Ed. Abril, Ed. 2228 – ano 44 – nº 31 – 3 agosto de 2011 - sobre a crise da dívida nos Estado Unidos respondeu as seguintes questões:

Depois de cinco décadas debruçado sobre a aplicação da análise econômica aos diversos campos da vida, o senhor depreendeu padrões no comportamento humano?
Ao contrário do que se pode supor à primeira vista, a racionalidade exerce um papel crucial na hora de as pessoas tomarem grandes decisões, o que interfere na lógica da própria economia. É curioso notar que isso ocorre mesmo quando as questões são de fundo profundamente emocional, como o casamento, pois esse é um processo decisório em que claramente se levam em considerações aspectos econômicos, como a situação financeira do futuro cônjuge e a perspectiva de o casal prosperar junto em um longo prazo. Tais considerações ajudam a explicar a grande incidência de uniões entre indivíduos de renda e nível de escolaridade semelhantes, especialmente nas classes mais altas. Meus primeiros estudos já demonstravam que também o número de filhos em uma família é determinado por um cálculo em que a razão prevalece.

Que cálculo é esse?
Os casais consideram a disponibilidade de tempo que terão para criar os filhos e quanto realmente desejam investir na educação da prole. Nessa lógica, os mais bem-sucedidos na carreira tendem a registrar taxas de fecundidade mais baixas, pois, além de alimentarem grandes expectativas quanto à formação das crianças, seu tempo custa mais. É por isso que o ingresso e a prosperidade das mulheres no mercado de trabalho têm contribuído decisivamente para a queda dos indicadores de fertilidade. Sobretudo em países mais ricos, onde os custos de uma creche ou de babás são elevados, ter filhos significa deixar a garreira em segundo plano ou mesmo abandoná-la por um tempo.

As mulheres tendem a se tornar economicamente mais poderosas que os homens?
Uma análise apressada poderia nos levar a concluir que essa é, sim, uma tendência inevitável, já que o nível educacional das mulheres aumenta muito no mundo todo. Só que elas precisam lidar com duas desvantagens. A primeira diz respeito à maternidade, que as afasta, pelo menos momentaneamente, do mercado. A segunda é o fato de a diferença de renda em relação aos homens ainda ser grande. São dados que indicam que a batalha ainda está longe de ser vencida.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Grupo Afroreggae

Grupo Cultural Afro Reggae
O Grupo Cultural Afro Reggae, ou apenas Afro Reggae, é uma ONG que também atua como banda musical surgida em 1993 inicialmente como um jornal informativo (Afro Reggae Notícias) das festas que o grupo realizava e também a valorização da cultura negra voltada sobretudo aos jovens ligados a música como Reggae, Soul e Hiphop. Inicialmente, a festa chamava-se Rasta Dancing.
O objetivo do AfroReggae era ter um tipo maior de intervenção com a população afro-brasileira, atuando principalmente na comunidade de origem de seus membros, Vigário Geral. Foi criado o Núcleo Comunitario de Cultura em 1993 para iniciar no local suas atividades de amparo a jovens carentes e com potencial de se envolver com a criminalidade que passavam a integrar projetos sociais como: dança, percussão, futebol, reciclagem de resíduos e capoeira. A partir deste momento, o projeto consolidou-se e, em 1997, o núcleo contou com apoio de personalidades como Caetano Veloso e Regina Casé.
Com o passar do tempo, o Afro Reggae vem crescendo e hoje já atua em quatro comunidades, Vigário Geral, Morro do Cantagalo, Parada de Lucas e Complexo do Alemão. Além disso, o grupo tem mais de 65 Projetos e também desenvolve trabalhos em todo Brasil e fora dele. O trabalho e a história do Afro Reggae foi contada no filme Favela Rising.
Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.



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