quarta-feira, 5 de outubro de 2011

EDUCAÇÃO MUDANDO A SOCIEDADE.

OBJETIVO GERAL DO PLANO DE AÇÃO.

Estabelecer mecanismo de introdução da temática sobre a história da mulher, do negro, do índio e do homossexual nas disciplinas de História do Brasil e Geral, preparando o corpo docente da rede de ensino para que transmitam aos jovens, elevando assim seu nível de conscientização sobre os novos conceitos e costumes sociais voltados para a diversidade de gênero e raça na sociedade brasileira.
A História do Brasil e Geral, dentro dos objetivos pedagógicos e didáticos previstos através do Currículo Básico estabelecido pela SEDU/ES nos oferecem um vasto campo de trabalho, o que nos permite desenvolver ao mesmo tempo o conteúdo narrativo da historiografia (datas, fatos, e personagens já conhecidos) e de cidadania (história do homossexualismo, do índio, do negro e da mulher). No momento os conflitos têm motivado a criação de leis que não produzem o efeito esperado, mas poderá ocorrer pela educação.
Fazer com que o jovem tenha noção de que para ocorrer a construção de uma sociedade mais justa, devemos conviver harmonicamente, pacificamente com a diversidade de gênero e raça, bem como da orientação sexual.
Munir os professores e alunos de argumentos que realmente os façam acreditarem que o único conflito reside em normas sociais cujos argumentos que as sustentam já não acompanham o mundo moderno.
JUSTIFICATIVA
As Histórias do Brasil e Geral, dentro dos objetivos pedagógicos e didáticos previstos no Currículo Básico estabelecido pela SEDU/ES têm como um dos seus objetivos: “A compreensão de que somos sujeitos diferentes, historicamente construídos e portadores de direitos;”.
O legislador constituinte, em 1988, pretendendo disciplinar o convívio social harmônico do povo brasileiro normatizou através do artigo 5º da Carta Magna, a igualdade de gênero e raça, além da proibição de qualquer tipo de discriminação.
Contudo, o que presenciamos em nossos dias, é a perpetuação de condutas preconceituosas, cujos efeitos físicos e psicológicos em suas vítimas ultrapassam a razão e a tolerância. O conflito entre a conduta e a lei se justifica pela perpetuação de costumes e idéias que nem a legislação conseguiu disciplinar, e que continua a assombrar-nos com a repetição das mesmas orientações que deveriam, há muito tempo, inexistirem.
Quanto mais se amplia o conhecimento, mais se reduz a desigualdade. A homofobia, a misoginia, o racismo, xenofobia, enfim, todos os conceitos que definem alguma forma de discriminação, de preconceito, têm suas origens em políticas propostas por um determinado grupo, numa determinada época da humanidade, e que foi se perpetuando através dos séculos, influenciando não só na religião, mas também, nas normas de convivência social.
Passados daquela geração para outras gerações, estes conceitos, estas normas de conduta, geraram costumes, doutrinas, e leis que ainda hoje são transmitidas para a nova geração presente, ainda que contrarie normas legais, e novas políticas públicas. Razão disto se dá pela forma como é ensinada a história.
Construir-se e ser construído esta é a essência da Educação, em sua forma mais ampla, dentro e fora da escola. As crianças aprendem por meio das suas experiências, na medida em que tomam contato com as informações que lhes são transmitidas, e da forma como ocorrem. O seu aprendizado o faz compreender informações de conteúdo intelectual, dominar uma atividade, bem como a aprender formas de se relacionar com os outros no mundo, ainda que venha a divergir da sua maneira de ver a vida. Este ensinamento, primeiramente deve ter significado, com efeito, vemos que o ensino de História, nas escolas ainda não atingiu seus objetivos, onde um deles é que os jovens aprendam que ocorreram erros no passado da humanidade, e se desejamos que isto não continue, devemos mudá-los.
O Currículo Básico proposto pela SEDU/ES para o ensino da disciplina de História no ensino fundamental e médio nos permite abordar estes temas complementando o ensino.
“O grande desfecho da escola em especial da pública, está em constituir-se como ambiência de construção de uma nova humanidade, em que homens e mulheres, sujeitos da história e de suas próprias histórias, tornam-se co-responsáveis pela vida e como valor fundamental da existência dos seres que habitam a Terra. (...) Podemos dizer que a diversidade e constitutiva da espécie humana, sobretudo, se entendida como a construção histórica, cultural e social que faz parte do acontecer humano. Quando falamos em diversidade e currículo, torna-se comum pensar a diversidade como sendo uma simples aceitação do diferente e das diferenças. (....) Reconhece-se o direito à diversidade no currículo como um processo educativo-pedagógico, como ato político pela garantia do direito de todos. (pg.36).
Ao conscientizar o corpo docente da necessidade de transmitir novos conceitos e atitudes para os alunos, e estes os associar com o seu dia-a-dia, possibilitará uma mudança social consciente e não coercitiva (por meio das leis), alterando assim as relações sociais a partir da família.
COMO SERÁ EFETUADO
Este plano de ação inicia-se com a produção de material didático específico, adequado à casa série de ensino, seguindo o conteúdo pré-estabelecido pela SEDU/ES através do novo currículo básico de ensino.
Prosseguindo, através de um breve treinamento, demonstrar como é possível modificar a forma de narrar os fatos e momentos históricos direcionando os alunos para uma nova autoria, uma nova verdade. Assim, ao narrar, por exemplo, o descobrimento do Brasil, o professor poderá primeiramente narrar como era a comunidade indígena, o papel do homem e da mulher, para depois, em conjunto com o advendo do descobrimento, narrar como houve a interação das culturas nativa e européia; como passou a ser o convívio do índio nesta nova sociedade; e a mulher européia como passou a viver aqui, em um ambiente, em uma sociedade tão diferentes, com costumes e habitabilidade adversos, assim, paulatinamente, à medida que forem avançando na narrativa do período colonial, império, república, além das informações já conhecidas, introduzirem os avanços sociais conquistados pelos índios, negros, pelas mulheres e pelos homossexuais. As influências com a vinda de imigrantes na visão nacional. Suas lutas contra os costumes machistas, contra os dogmas das religiões, mostrando que não são inferiores, mas pessoas dignas de respeito independente do gênero, raça ou orientação sexual.
É cediço que na escola, tanto no corpo docente como discente, há diferentes gêneros, preferências, estilos, situações de vida, que constituem uma enorme diversidade. A demonstração da origem destes conflitos, a construção das idéias que hoje já não se adéquam ao mundo moderno, possibilitará ao aluno, e também aos professores, mudarem de forma significativa a sua conduta social.
CRONOGRAMA
Considerando que o planejamento do currículo, o conteúdo já se encontra definido pela SEDU/ES, a inserção desta temática nos tópicos de cada série de ensino não demandaria mais do que 06 (seis) meses de preparação.
A execução deve iniciar-se com o ano letivo, a partir do 5º ano do ensino fundamental, prosseguindo até o 3º ano do ensino médio;
POPULAÇÃO BENEFICIADA
População beneficiada Os grupos sociais que hoje são vítimas de toda forma de intolerância, discriminação, subjugação e violência.

Elaborado por: Benair Scarlatelli Storck.

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